terça-feira, 13 de setembro de 2011

Conclusão Samuel Nº 36

As pessoas devem cuidar melhor da sua saúde para não ter essas doenças e se prevenir o melhor possível pois muitas dessas doenças demoram muito tempo para ser tratada , e muitas são dolorosas , sendo assim nós devemos cuidar bem de nós mesmos para não corrermos o risco de ter esses problemas .
Para nos prevenirmos é bom beber muita água para estar limpando o corpo e assim tendo uma saúde saudável , e não comendo ou bebendo besteiras , como bebeidas alcoólicas etc .
Por isso devemos cuidar bem do nosso corpo sempre !.

Conclusão Pamela Nº28

Devemos cuidar do nosso corpo o melhor possivel, pois uma pessoa que aparenta estar bem, não sofre nenhum problema nem nada, não quer dizer que ela não esteje com a saúde 100%, as vezes a doença é externa, por exemplo: doenças urinárias teem de ser cuidadas, pois uma infecção é perigosa ou até mesmo outros tipos de doenças podem causar riscos.
As principais doenças são: Incontinência Urinária,Proteinúria,Doença Renal policística recessiva,Doença Renal Policística autossômica dominante,Doença do Rim Policístico,Glomerulonefrites,Letíase Urinária, A insuficiencia Renal aguda, A insuficiência e a Renal crônica.
Todas representam sintomas, porém devem ser cuidadas pois são doenças sérias que causam grandes estragos, nosso corpo precisa de cuidados e tratamentos, precisamos eliminar todos os líquidos que obtemos pela urina, temos que manter as vitaminas do corpo.

conclusão Tácila n°32

O sistema urinário é composto por : Rins, Bexiga urinária, Ureteres, Uretra e Esfíncteres. Esses órgãos tem a função de produzir, armazenar e eliminar a urina, também de regular o volume e composição química do sangue e seu volume. Eliminar o excesso de água e resíduos do corpo humano, através da urina. E garantir a manutenção do equilíbrio dos minerais no corpo humano.
Mais se um de nossos órgãos não estiver funcionando, não tem como o sistema funcionar deixando assim de garantir a manutenção e o equilíbrio em nosso corpo. É por isso que temos que cuidar de nosso corpo, e para mantê-lo sempre sadio devemos ingerir pelo menos 2 litro de água por dia.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Incontinência Urinária

De forma geral a incontinência urinária (ou IU) ocorre quando, a pressão dentro da bexiga excede aquela que se verifica dentro da uretra ou seja há um aumento considerável da pressão para urinar dentro da bexiga, isso ocorre durante a fase de enchimento do cliclo de micção. urinária é uma fonte de constrangimento e dificuldade social que é escondida e deixada sem tratamento.
 O trato urinário inclui os rins (os quais filtram o sangue e excretam os produtos finais do metabolismo do corpo como urina), os ureteres (tubos que conduzem a urina dos rins à bexiga), a bexiga (o saco que serve como reservatório de urina), a próstata em homens (a glândula envolvida na produção de sêmen) e a uretra (tubo que conecta a bexiga ao exterior do corpo).
 Para o especialista em urologia pela Universidade de Saint Louis e Indianapolis -Estados Unidos, Dr. Marcelo Horta Furtado, é estimado que mais de 12 milhões de pessoas nos Estados Unidos tenham incontinência
É definida como a perda involuntária de urina, provocando por vezes certo constrangimento à pessoa. A incontinência urinária também pode ser designada de Enurese. E ocorre com certa frequência à noite, principalmente entre os idosos.


 A incontinência ocorre quando o estoque e o esvaziamento da urina da bexiga não funcionam de uma maneira coordenada. Esta falta de coordenação entre os processos de estoque e esvaziamento é devido a um mau funcionamento dos nervos e músculos da bexiga ou uretra. Em mulheres, a incontinência pode também ser causado por uma perda de suporte da bexiga e uretra, esclarece o médico.
urinária, seria útil compreender o processo da micção. A micção, explica o especialista, é controlada por nervos e músculos do sistema urinário. urinária não é uma conseqüência normal da idade, embora os músculos do trato urinário possam perder algum tônus quando nós envelhecemos. é mais comum entre pessoas mais idosas, afetando um terço daqueles com mais de 60 anos de idade e normalmente , ela afeta mais mulheres do que homens. urinária e em uma estatística bastante subestimada mais de 50 milhões de pessoas nos países industrializados apresentem o problema.
 Segundo o especialista de Belo Horizonte, a incontinência
 Quando você não esta urinando, os músculos dos esfíncteres externo e interno da uretra mantém o tubo uretral fechado. Pequenas quantidades de urina são continuamente esvaziadas na bexiga pelos ureteres a cada 10 a 15 segundos. Logo, a urina acumula na bexiga e quando a bexiga está cheia, o cérebro envia sinais para os músculos da bexiga contrair e aqueles da uretra relaxar, permitindo, então, ocorrer a micção.
 Aproximadamente 38% das mulheres americanas possuem algum grau de perda involuntária de urina, e entre pessoas com mais de 60 anos, ocorre duas vezes mais em mulheres do que em homens. Contrário à crença popular, a incontinência

 Para compreender a incontinência

Proteinúria

Proteinúria é a perda exacerbada de proteína pela urina, especialmente a albumina. Esta é uma proteína presente no plasma sanguíneo, fabricada pelo fígado, resultante do metabolismo de alimentos protéicos, como carnes, ovos, leites e seus derivados. A taxa sanguínea normal dessa proteína encontra-se entre 3,5 a 4,5 g/dl. Ela é de extrema importância na manutenção da circulação normal dos líquidos dentro dos vasos, e também, na conservação do estado nutricional.
A perda de proteína pela urina é um achado comum em várias doenças renais, podendo ser discreta, quando há a perda de apenas alguns miligramas de proteína por dia, ou mais intensa, quando há a perda de vários gramas de proteína por dia. Quando a perda de proteína pela urina ultrapassa 3,5 gramas por dia, recebe o nome de proteinúria nefrótica.
A proteinúria pode ter quatro etiologias distintas. São elas:
  • Origem glomerular: são as proteínas de peso molecular normal, como albumina, transferrina, gamaglobulinas (IgG e IgA), microglobulinas e outras que atravessam a membrana filtrante do glomérulo. Quando há alguma alteração nessa membrana, ocorre a eliminação de proteínas na urina.
  • Origem tubular: são as proteínas secretadas pelo túbulo renal proximal, especialmente lisosimas e microglobulinas.
  • Proteínas secretadas pela parede do trato urinário: pelve renal, ureter, bexiga e uretra.
  • Superprodução de proteínas de baixo peso molecular que se acumulam no plasma sanguíneo, mas como são pequenas, atravessam o filtro. Como estas são produzidas em grande quantidade, ultrapassam a capacidade de absorção renal, sendo completamente eliminadas juntamente com a urina. Um exemplo típico é a proteína de Bence-Jones (imunoproteína), mas também mioglobinas e amilases.
A proteinúria não causa sintomas e é o primeiro sinal de doença renal em pacientes diabéticos. A sua presença é um sinal de lesão renal precoce e indica maiores chances de desenvolver insuficiência renal crônica.
Quando há a suspeita de proteinúria, o médico deve investigar para determinar se ela é persistente ou funcional. Uma proteinúria é considerada persistente quando é observada em pelo menos duas amostras de urina dentro de um período de 30 dias e geralmente está associada com uma patologia renal subjacente. As proteinúrias funcionais podem ser transitória ou ortostática, sendo detectadas em amostras urinárias ocasionais ou quando o paciente encontra-se na posição ortostática (em pé). O seu significado clínico é duvidoso.
O tipo de proteinúria pode ser identificada por meio da eletroforese ou imunoeletroforese das proteinúrias urinárias. Mesmo que esses métodos sejam necessários em determinados casos, ele é dispendioso e não está disponível em muitos laboratórios. Uma forma simples e mais acessível de identificação do tipo de proteinúria é por meio da comparação da proteína detectada pela fita de imersão com aquela observada pelo método turbimétrico, onde há o emprego do ácido sulfossalicílico, que é capaz de determinar qualquer tipo de proteína na urina.

Doença renal policística autossômica recessiva

É uma enfermidade que acaba substituindo o tecido normal dos rins, por cistos cheios de líquido. O crescimento progressivo destes inúmeros cistos, eventualmente desloca o tecido normal do rim, causando dano renal. Este dano acaba determinando uma insuficiência dos rins, fazendo com que haja um acúmulo de toxinas no organismo.
Existem duas formas principais da doença. A forma mais comum é uma doença hereditária que afeta metade dos filhos de pais que tiveram a doença. A doença policística do adulto, habitualmente, aparece entre 30 e 50 anos de idade. A outra forma principal, doença policística da infância, afeta recém-natos e crianças jovens. Esta forma é também hereditária, mas é muito menos comum.
A doença renal policística do adulto afeta ou compromete muitos órgãos no organismo, não apenas os rins. Os cistos que se formam nos rins são dilatações cheias de líquidos, originárias das estruturas normais dos rins chamados túbulos renais. Os cistos também podem se formar no fígado, pâncreas e outros órgãos. Estas dilatações, também chamadas de divertículos, se formam no intestino grosso. As válvulas do coração também podem estar alteradas causando um sopro cardíaco. Estas dilatações nos vasos sangüíneos do cérebro são chamadas de aneurismas.

Quem é afetado pela doença policística do adulto?
A doença é encontrada em todas as partes do mundo e em todas as raças humanas. Tanto o homem como a mulher podem adquirir a doença.
A forma autossômica dominante, que ocorre nos adultos, tem uma prevalência de um caso para 300 habitantes, até um caso para 1.000 habitantes e é responsável por 10% das insuficiências crônicas dos rins nos Estados Unidos. Mais de 600.000 norte-americanos têm esta doença. Noventa por cento dos casos são herdados, como um traço autossômico dominante, e aproximadamente 10% dos casos ocorrem espontaneamente por mutação cromossômica, ou seja, não existe nenhuma história familiar da doença.
A forma autossômica recessiva que ocorre nas crianças é uma doença genética rara que ocorre um caso para 10.000 até um caso par 40.000 pessoas, numa comunidade. A maioria dos casos é diagnosticada no primeiro ano de vida.

Como uma pessoa adquire esta doença?
A forma adulta da doença é quase sempre hereditária. Ela é causada por um gene anormal. Se um dos pais tem a doença policística do adulto, cada filho terá uma chance de 50% de herdar a doença. Se nenhum dos pais tiver o gene para doença policística do adulto, nenhuma das crianças herdará a doença, embora possa ter havido uma história familiar anterior da doença. A forma infantil da doença policística é também causada por um gene anormal. Neste caso os pais não têm nenhum sintoma, mas carregam um gene recessivo para a doença. Se ambos os pais têm este gene, um dos filhos pode herdar a doença.

Doença renal policística autossômica dominante

A Doença Renal Policística Autossômica Dominante (DRPAD) é uma doença geralmente de início tardio e caracterizada pelo desenvolvimento progressivo de cistos renais e alargamento dos rins bilateralmente. Manifesta-se com alterações da função renal, hipertensão, dor lombar e insuficiência renal. Aproximadamente 50% dos pacientes com DRPAD vai ter insuficiência renal crônica (IRC) a partir dos 60 anos. A DRPAD é uma doença sistêmica que pode cursar com cistos em outros órgãos como o fígado (o que pode levar a cirrose), vesículas seminais, pâncreas e aracnóide. Pode também vir acompanhada de anomalias não-císticas como os aneurismas intracranianos , aneurismas da aorta (podendo causar dissecção), prolapso da valva mitral e hérnias da parede abdominal. Os sintomas nos seres humanos e símios são: hipertensão arterial sistêmica, cansaço, dor lombar de leve a grave intensidade e infecções do trato urinário. A doença leva muitas vezes à insuficiência renal crónica e pode resultar na perda total da função renal, conhecida como Insuficiência Renal Crônica Terminal (IRCT), que exige alguma forma de terapia renal substitutiva, como a diálise.
Hoje em dia se sabe que na verdade a doença autossômica dominante (forma adulta) pode ser causada por dois diferentes tipos de defeito genético: um localizado no cromossomo 16 (PKD-1) e a outra é chamada de PKD-2, cujo defeito genético está localizado no cromossomo 4. Parece que os pacientes que têm defeito genético PKD-2 são mais velhos quando eles desenvolvem os cistos, e portanto desenvolvem insuficiência dos rins numa idade mais tardia.
Já a forma autossômica recessiva da doença policística dos rins,forma infantil, é causada por um defeito genético localizado no cromossomo 6. É uma das doenças hereditárias dos rins mais comuns na infância.
Quais são os sinais de doença policística?
Na forma adulta a doença pode se apresentar em qualquer idade, mas freqüentemente causa sintomas na 3a ou 4a década. Os pacientes podem ter dor nas costas devido ao aumento do tamanho dos rins. Dor mais aguda pode indicar infecção ou obstrução por coágulos ou pedras nos rins, ou mesmo uma hemorragia dentro de um cisto. O aparecimento do sangue na urina é comum e muitos pacientes, à noite, necessitam urinar.
A formação de pedras nos rins (cálculos) ocorre em 15 a 20% dos pacientes.
Além disso, a elevação da pressão arterial encontrada em 20 a 30% das crianças e em até 75% dos adultos. A causa da pressão alta é secundária à isquema (falta de sangue para o rim, devido a compressão dos cistos). Com isso, o rim ativa um sistema chamado renina-angiotensina que acaba elevando a pressão arterial.
Infecção urinária também é comum e pode ser da bexiga ou do próprio rim, além disso, um cisto pode se infectar.
Na forma infantil, a maioria dos casos é diagnosticada no primeiro ano de vida, quando a criança apresenta massas abdominais dos dois lados. A morte neste período pós-nascimento ocorre, principalmente, devido ao pouco desenvolvimento dos pulmões. Muitas crianças, portanto, evoluem para a insuficiência dos rins.
Como a doença policística do adulto é diagnosticada?
Como a forma adulta tem um início muito variável com relação a idade, se sabe que os exames radiológicos mostrarão os cistos em torno dos 18 anos, mesmo que não haja nenhum sintoma. A urografia excretora é o teste menos sensível para fazer o diagnóstico. A ultrassonografia (ecografia) é sensível bastante para detectar a maioria dos casos de doença policística dos rins, mas não é sensível o suficiente para excluir completamente o diagnóstico. Atualmente o exame mais sensível é a tomografia computadorizada com infusão de contraste. Se até os 28 anos a ecografia for negativa, assim como a tomografia computadorizada, é muito provável que esta pessoa não tenha a doença renal policística e, portanto, não irá transmitir o defeito genético. Na forma infantil o ultrassom (ecografia renal) é a maneira mais comum de se fazer um diagnóstico, mesmo antes do nascimento da criança. Todas as manifestações clínicas podem ter a doença policística dos rins. Além das já citadas, cistos podem-se desenvolver também no fígado e no pâncreas. Mas estes, geralmente, não causam problemas. Diverticulose do cólon também é comum. Aproximadamente 30% dos pacientes com doenças policísticas dos rins têm anormalidades nas válvulas cardíacas (prolapso da válvula mitral), e também aproximadamente 10% dos pacientes têm aneurismas cerebrais que podem, eventualmente se romper.

Doença do Rim Policístico

A doença policística renal tem origem genética. É uma doença autossômica dominante. Lembram das aulas de biologia no colégio em que se ensinavam a herança Mendeliana dos daltônicos e hemofílicos ? Pois é, a doença policística renal faz parte daquela história de alelos "A" e "a". Como a doença é autossômica dominante, basta você receber um alelo "A" de um dos seus pais para desenvolver a doença, mesmo que receba um alelo normal do outro. Simplificando, se um dos seus pais tem doença policística, a sua chance de ter também é de 50%.

Em alguns poucos casos, a doença pode ocorrer por uma mutação espontânea do gene e não por transmissão genética, ou seja, a pessoa não recebe a gene doente de um dos pais, mas sim, o desenvolve através de uma mutação. Neste caso o paciente passa a ser o primeiro caso da família, e a partir de então, passará o gene defeituoso para seus filhos.

Rins policísticos acometem, em média, 1 a cada 1000 pessoas. É, portanto, uma doença comum. Atualmente, cerca de 5% dos pacientes que entram em hemodiálise, o fazem devido a insuficiência renal crônica causada pela doença policística renal (leia: O QUE É HEMODIÁLISE? COMO ELA FUNCIONA?)

Sintomas dos rins policísticos

O grande problema é que a doença policística renal é silenciosa até fases tardias. Os cistos por si só, em geral, não causam sintomas. Eventualmente, quando os cistos já apresentam volumes grandes, eles podem causar dor ou romperem.

A maioria das pessoas descobre a doença por acaso, em exames de rotina como o ultra-som. Algumas ficam até os 60 anos sem desconfiar de nada, até que começam a apresentar sangramentos na urina ou piora da creatinina em exames de sangue (leia: CREATININA | Como ela indica doença dos rins). Quando já há história familiar positiva, o médico nefrologista costuma pedir exames de ultra-som de rastreio para os familiares mais próximos.

A doença policística em fases avançadas pode causar hipertensão, cálculo renal e hematúria (sangue na urina). Dor lombar acontece quando o cisto é muito grande, quando infecta, quando rompe-se ou quando sangra. A insuficiência renal normalmente ocorre a partir dos 50 anos de idade, e como já referido, pode levar a hemodiálise. Pode haver também cistos em outros órgãos como fígado e o pâncreas.

As consequências da doença começam a aparecer quando os cistos começam a ser tão numerosos e grandes, que ocupam o lugar das células renais sadias. Os cistos começam a comprimir o tecido renal sadio, destruindo-o com o tempo

Glomerulonefrites

Glomerulonefrite é o nome que se dá ao grupo de doenças renais causadas pela inflamação dos glomérulos.

Tá bom, eu sei que a frase acima não explica muita coisa. O fato é que, para se entender glomerulonefrite, é preciso primeiro entender o que é um glomérulo.

Dos mais de 200 assuntos que eu já escrevi, este talvez seja o mais difícil de explicar para leigos devido a complexidade das lesões e das doenças que afetam o glomérulo.

Bom, vamos lá então...

Todos os nosso órgãos são compostos por unidades básicas de funcionamento. Temos os neurônios no cérebro, os hepatócitos no fígado, os alvéolos no pulmão, etc... No rim, a unidade básica é o néfron.

Cada rim possui um milhão de néfrons. Essas unidades microscópicas são as responsáveis pela filtragem do sangue e pelas substâncias produzidas nos rins. Cada néfron é composto de um glomérulo e seu respectivo túbulo renal.

Essa coisinha "simples" aí do gráfico abaixo é um néfron com seu glomérulo, vasos sanguíneos e túbulo renal. Não é preciso entender o desenho, ele é só ilustrativo.
nefron
Néfron - clique na imagem para ampliá-la

Podemos resumir o funcionamento do rim da seguinte maneira.

O sangue que chega ao rins, passa obrigatoriamente pelos glomérulos, um conjunto de microscópicos capilares enovelados que possuem uma membrana filtradora na sua parede. O glomérulo é o verdadeiro filtro do organismo.
Glomérulo
Glomérulo visto por microscopia eletrônica


Reparem no gráfico abaixo. O sangue chega por uma arteríola (uma artéria microscópica), passa por vários capilares dentro do glomérulo, sofre o processo de filtração e depois retorna a corrente sanguínea. Tudo o que foi filtrado pelos capilares vai em direção ao túbulo renal. No túbulo renal, algumas importantes substâncias filtradas como glicose, sódio, potássio, cálcio etc... serão reabsorvidas de acordo com as necessidades do organismo antes da urina estar pronta. Só sai na urina o que não é necessário ou está em excesso.

Podemos dizer que o glomérulo separa o que vai para a urina e o que volta para o sangue, enquanto que os túbulos definem o quanto de cada substância filtrada vai realmente sair na urina. Por exemplo, se tivermos com o potássio baixo no sangue, o túbulo vai reabsorver todo o potássio que for filtrado impedindo que este saia na urina. Se o potássio estiver alto, ele não vai reabsorver nada.

Substâncias grandes, como as proteínas, não são filtradas por serem maiores que os poros da membrana glomerular. Elas nem chegam ao túbulo. Por isso, uma urina normal quase não tem proteínas em seu conteúdo.

O processo final da filtração glomerular e reabsorção tubular destes 1 milhão de néfrons é que forma a nossa urina.
Glomerulonefrite
Glomérulo - Clique na imagem para ampliá-la


Portanto, como é o glomérulo o principal responsável pela filtração do sangue, qualquer doença que o acometa, afeta a função dos nossos rins.

Existem 2 tipos básicos de lesão dos glomérulos:

- Síndrome nefrítica ou glomerulonefrite.
- Síndrome nefrótica, explicada com detalhas em outro texto (leia SÍNDROME NEFRÓTICA)

Na síndrome nefrítica, um processo inflamatório (leia O que é o pus ? O que é um abscesso? O que é uma inflamação) causa lesão e reduz a capacidade do glomérulo de filtrar o sangue, causando um quadro de insuficiência renal aguda (leia: ENTENDA A INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA), hipertensão e sangue na urina (leia HEMATÚRIA ( URINA COM SANGUE )).

Na síndrome nefrótica o mais comum é lesão na membrana glomerular sem inflamação evidente. Podemos fazer a analogia com coador furado. As proteínas que normalmente não são filtradas, quando há lesões na membrana do glomérulos, "vazam" em direção ao túbulos e são indevidamente eliminadas na urina. Por isso, perda de proteínas na urina, chamada de proteinúria, é um sinal de doença glomerular. Na verdade, a proteinúria é sinal de doença, mas também é responsável pela progressão da mesma. Os túbulos não estão preparados para receber proteínas e, na tentativa de reabsorvê-las de volta ao sangue, suas células acabam sofrendo lesão.

Portanto, em um primeiro momento a proteinúria nos mostra que há algo de errado no rim. Se não tratada, ela passa a ser mais um fator de agressão e evolução para insuficiência renal.

Não é incomum encontrarmos síndrome nefrótica e síndrome nefrítica ao mesmo tempo, basta que haja lesões na membrana glomerular e intensa atividade inflamatória no glomérulo.

Litíase Urinária

A litíase urinária corresponde á formação de cálculos nas vias urinárias, uma doença que pode evoluir durante muito tempo sem causar grandes problemas até que, subitamente, se manifeste através de uma dor típica denominada cólica renal.
A urina é local de constante formação de aglomerações microscópicas, ou seja, da acumulação de minúsculos cristais de substâncias orgânicas e minerais que não geram nenhum tipo de sintoma e que são eliminados com as micções, sem que sejam detectados. Todavia, por vezes, estes cristais têm uma concentração tão elevada que favorecem a acumulação e formação de aglomeraçöes sólidas de grandes dimensões, constituindo cálculos ou "pedras". Estes cálculos, que podem ser observados vista desarmada quando são eliminados através da urina, conforme o seu tamanho e localização, podem ficar retidos no interior das vias urinárias e obstruir o fluxo de urina, o que origina múltiplas repercussões.
A formação de cálculos costuma ser provocada pelo aumento da concentração de solutos na urina, o que pode ser originado quando os rins eliminam pouca água ou quando se segrega com a urina uma grande quantidade de determinadas substâncias, tais como cálcio ou ácido úrico.
De facto, qualquer circunstância que favoreça estes factores, como a ingestão de poucos líquidos, pode facilitar a formação de cristais e a sua acumulação. Para além disso, quaisquer alterações do pH da urina, ou seja, o aumento da sua acidez ou o aumento da sua alcalinidade, favorecem a aglomeração de concreções e o consequente crescimento dos cálculos.
Na prática, as causal mais frequentes de litíase urinária são as várias doenças renais e das vias urinárias, processos infecciosos e alterações anatómicas ou funcionais, o elevado consumo de cálcio ou de outros produtos, a existência de problemas no metabolismo que provoquem uma maior eliminação de determinadas substâncias na urina, o repouso absoluto durante um longo período de tempo e, como já foi referido, a reduzida ingestão de líquidos ou qualquer outra circunstância que determine um certo grau de desidratação e a consequente redução da eliminação renal de água.

A insuficiência renal aguda

Insuficiência Renal Aguda (IRA) é a perda rápida de função renal devido a dano aos rins, resultando em retenção de produtos de degradação nitrogenados (uréia e creatinina) e não-nitrogenados, que são normalmente excretados pelo rim. Dependendo da severidade e da duração da disfunção renal, este acúmulo é acompanhado por distúrbios metabólicos, tais como acidose metabólica (acidificação do sangue) e hipercalemia (níveis elevados de potássio), mudanças no balanço hídrico corpóreo e efeitos em outros órgãos e sistemas. Pode ser caracterizada por oligúria ou por anúria (diminuição ou parada de produção de urina), embora a IRA não-oligúrica possa ocorrer. É uma doença grave e tratada como uma emergência médica.
A Insuficiência Renal é geralmente diagnosticada quando os testes de creatinina e de nitrogênio uréico sanguíneo estão marcadamente elevados em um paciente enfermo, especialmente quando oligúria estiver presente. Medidas prévias da função renal podem oferecer comparação, que é especialmente importante caso um paciente for sabidamente portador de insuficiência renal crônica. Se a causa não for aparente, uma bateria de exames de sangue e a análise de uma amostra de urina são tipicamente realizadas para se elucidar a causa de falência renal aguda. Os exames de sangue geralmente incluem provas de função hepática, eletrólitos, cálcio, magnésio, desidrogenase láctica (DHL), creatinoquinase (CK ou CPK), estudos de coagulação e um perfil imunológico básico. Uma radiografia de tórax (RX de Tórax) é geralmente solicitada e um estudo ultrassonográfico do trato urinário é essencial, para se afastar causa obstrutiva.
A Insuficiência Renal Aguda é usualmente reversível, se tratada pronta e adequadamente. As principais intervenções são a monitorização do balanço hídrico (ingesta e eliminação), o mais estritamente possível; a inserção de um cateter urinário é útil para a monitorização do débito urinário, bem como para aliviar a possível obstrução à via de saída da bexiga urinária, tal como em um aumento da próstata. Em ambas as condições, hipovolemia e causas intrínsecas (necrose tubular aguda ou NTA), administrar fluidos intravenosos é tipicamente o primeiro passo para melhorar a função renal. Se um cateter venoso central ou cateter de pressão venosa central (cateter de PVC) é utilizado, um valor de pressão venosa central (PVC) de 15 cmH2O (1.5 kPa) é o objetivo freqüentemente desejado para se elevar o volume circulante. Se a causa é obstrução do trato urinário, procedimentos cirúrgicos de alívio da obstrução (com uma nefrostomia ou cateter supra-púbico) podem ser necessários. Acidose metabólica e hipercalemia, duas das principais complicações da insuficiência renal, podem requerer tratamento medicamentoso, com a administração de bicarbonato de sódio e medidas anti-hipercalêmicas, respectivamente.
Dopamina ou outros inotrópicos podem ser empregados para melhorar o débito cardíaco e a perfusão renal, e diuréticos (em particular furosemida) podem ser administrados. Se um cateter de Swan-Ganz for usado, uma pressão de oclusão da artéria pulmonar (POAP) de 18 mmHg (2.4 kPa) é o alvo para o suporte inotrópico (Galley 2000).
Falta de resposta com ressuscitação hídrica, hipercalemia resistente à terapia, acidose metabólica ou sobrecarga hídrica podem necessitar de terapia suportiva artificial na forma de diálise ou hemofiltração. Dependendo da causa, uma parcela de pacientes não mais recuperará plena função renal e requererá diálise permanente ou transplante renal.

A insuficiência renal crônica

É devida a lesões glomerulares ou a lesões intersticiais, todas provocadas por uma destruição progressiva e irreversível dos nefros, as unidades funcionais dos rins. À medida que a quantidade de nefros diminui, a função renal fica comprometida e a insuficiência renal aumenta.É conhecido atualmente que cerca de um em cada 10 adultos é portador de doença renal crônica. A maioria destas pessoas não sabe que tem esta doença porque ela não costuma ocasionar sintomas, a não ser em fases muito avançadas. Em muitos casos o diagnóstico precoce e o tratamento da doença nas suas fases iniciais podem ajudar a prevenir que a doença progrida para fases mais avançadas (inclusive com a necessidade de tratamento com hemodiálise ou transplante de rim). Como a doença renal muitas vezes está associada com diabetes, pressão alta e doenças do coração, o seu tratamento também ajuda a evitar outras complicações como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e derrames. Por isso, é importante saber algumas coisas a respeito da doença renal e saber como preveni-la e detectá-la.
Os rins são os principais órgãos responsáveis pela eliminação de toxinas e substâncias, que não são mais importantes para o organismo. Eles também são fundamentais para manter os líquidos e sais do corpo em níveis adequados. Alem disso eles ajudam produzindo alguns hormônios e participam no controle da pressão arterial.